26/12/2025 - 13:39
A Petrobras foi a empresa que mais perdeu valor de mercado em 2025. Entre 31 de dezembro de 2024 e 23 de dezembro deste ano, a estatal brasileira se desvalorizou em mais de R$ 87 bilhões, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta.
Na sequência do ranking geral das desvalorizações aparecem a Ambipar, com retração de R$ 21,2 bilhões. A Weg completa o grupo das três maiores perdas do ano, com redução de R$ 18,8 bilhões em valor de mercado.
No TOP 10 das maiores perdas do ano, uma outra estatal chama a atenção. O Banco do Brasil figura entre as dez maiores quedas, com perda de R$ 13,8 bilhões no período.
A leitura dessas perdas ganha ainda mais peso quando se observa a concentração do impacto. Somadas, Petrobras e Banco do Brasil acumulam redução de R$ 100,8 bilhões em valor de mercado em 2025 até 23 de dezembro, montante superior à soma das perdas das outras oito empresas que compõem a lista das maiores desvalorizações do ano.
+Volume de empréstimos cai 6,6% em novembro; estoque de crédito sobe 0,9%
Segundo a consultoria, o dado ajuda a dimensionar o efeito dessas duas companhias sobre a destruição de valor no período e evidencia como empresas de controle estatal, por sua escala, liquidez e participação relevante nos índices da bolsa, tendem a exercer influência desproporcional sobre os números agregados do mercado.
Para Einar Rivero, CEO da consultoria, mais do que acompanhar o sobe e desce das cotações, o valor de mercado traduz, em cifras absolutas, a percepção do mercado sobre cada empresa ao longo do tempo.
“É importante destacar que o valor de mercado funciona como uma fotografia tirada em uma data específica. Assim, enquanto o preço da ação reflete melhor a rentabilidade percentual ao acionista, o valor de mercado evidencia o volume de riqueza criado ou destruído ao longo do período analisado”, afirma.

Entre as empresas que mais ganharam valor de mercado este ano, o setor bancário se destaca. Entre as cinco companhias com maior crescimento, três são bancos, sinalizando uma valorização consistente do setor aos olhos dos investidores.
O BTG Pactual liderou o ranking, com aumento de R$ 150,4 bilhões em valor de mercado até 23 de dezembro. Na sequência aparece o Itaú Unibanco, com avanço de R$ 131,1 bilhões, enquanto a Vale completa o pódio das maiores valorizações, adicionando R$ 78,3 bilhões ao seu valor de mercado no período.
“Os dados reforçam que, ao longo de 2025, a criação, ou destruição, de valor na Bolsa brasileira foi tudo menos homogênea. Mais do que acompanhar índices, o comportamento do valor de mercado expõe, em números absolutos, como diferentes modelos de negócio, estruturas de capital e percepções de risco foram precificados pelos investidores ao longo do ano”, diz a consultoria.
