14/12/2021 - 17:42
A Petrobras reduzirá em 3,1% o preço do litro de gasolina para os distribuidores a partir de quarta-feira (15), uma medida que acompanha a evolução do mercado internacional, anunciou a empresa nesta terça-feira.
“Esse ajuste reflete, em parte, a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”, assinalou a estatal em comunicado.
Essa é a primeira redução registrada desde o início de junho. O preço médio da gasolina cairá de R$ 3,19 para 3,09 o litro para os distribuidores. Os preços do diesel, por outro lado, não serão alterados.
A cotação do barril do Brent, usada como referência no Brasil, ficou em torno de US$ 75 nos últimos dias, afetada pelas restrições sanitárias derivadas da variante ômicron do coronavírus.
O dólar, por sua vez, vem subindo desde o início da pandemia, quando girava em torno de R$ 4,20, escalando até os 5,60 atuais.
O preço da gasolina comercializada nos postos, no entanto, inclui taxas e margens de lucro dos distribuidores. Segundo dados oficiais, a gasolina ao consumidor aumentou 48,5% em 2021, e oscila atualmente entre 6,40 e 7,20 reais por litro. Já o diesel subiu 46,5%, com preços variando entre 5,10 e 5,70 reais por litro.
A inflação, que em novembro registrou aumento de 10,74% (nos últimos 12 meses), tem sido impulsionada, em grande parte, pelos combustíveis, o que afeta a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro já teceu críticas à política de preços da companhia e chegou a afirmar que estatal baixaria os preços dos combustíveis no início deste mês, o que foi desmentido pela empresa.
“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, diz o comunicado difundido nesta terça.
Em fevereiro, Bolsonaro substituiu o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pelo general da reserva, Joaquim Silva e Luna, após fazer críticas ao aumento do diesel. A decisão se deu em meio ao descontentamento dos caminhoneiros, uma das bases de apoio eleitoral do presidente.