A Petrobras fechou o segundo trimestre deste ano com prejuízo de R$ 2,6 bilhões, ante um lucro de R$ 28,7 bilhões registrado no mesmo período do ano passado, segundo informou a companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, 8.

O último prejuízo da Petrobras havia sido registrado no terceiro trimestre de 2020, e foi de R$ 1,5 bilhão.

A receita de vendas no período subiu 7,4% frente ao segundo trimestre de 2023, para R$ 122,2 bilhões, e 3,9% em relação ao trimestre anterior.

O Ebitda, que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, teve queda de 12,3% contra o segundo trimestre do ano passado e recuo de 17,2% em relação ao primeiro trimestre de 2023, para R$ 49,7 bilhões.

Eventos extraordinários

O prejuízo vem a despeito de um resultado operacional consistente. E se deve a “eventos extraordinários” do segundo trimestre, como a concentração contábil do pagamento de R$ 11,9 bilhões relativos ao acordo com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para quitação de dívidas fiscais. O desembolso do valor será parcelado, o que reduz efeitos sobre o fluxo de caixa e abre espaço para o pagamento de dividendos aprovado (R$ 13,57 bilhões).

Segundo fontes da estatal, outro fator que pesa sobre o resultado do trimestre é o efeito cambial sobre dívidas entre a matriz e subsidiárias no exterior, que somou outros R$ 12,4 bilhões e provisões da ordem de mais 7 bilhões. “Não fossem esses efeitos pontuais, estaríamos apresentando um lucro na casa dos R$ 28 bilhões, em linha com os anteriores”, disse um executivo ouvido pelo Broadcast.

Semestre

Na comparação semestral, a Petrobras teve um lucro de 21 bilhões nos primeiros seis meses de 2024, queda de 68,5% ante o registrado no mesmo período de 2023, R$ 66,9 bilhões.