24/06/2025 - 10:47
Os contratos futuros de petróleo aceleraram queda para quase 5% na manhã desta terça-feira, pressionados por novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian.
Em publicação na Truth Social, Trump afirmou que a China “agora pode voltar a comprar petróleo do Irã” e expressou expectativa de que o país asiático também adquira “bastante” petróleo dos EUA.
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Já Pezeshkian, segundo a agência iraniana Ahram, declarou que Israel não conseguiu alcançar seus objetivos com os ataques ao Irã e que Teerã “permaneceu comprometido com o cessar-fogo, a menos que Israel o violasse primeiro”.
Às 10h35 (de Brasília), o petróleo WTI para agosto caía 4,93%, a US$ 65,13 o barril, e o Brent para setembro tinha queda de 4,93%, a US$ 67,05 o barril.
E os preços dos combustíveis no Brasil?
O recuo do preço do petróleo reduziu a defasagem dos preços nas refinarias brasileiras em relação ao mercado internacional, que chegou a 19% na véspera, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
A queda reduz a pressão para um reajuste pela Petrobras e confirma uma previsão feita pela presidente da companhia, Magda Chambriard, na semana passada, de que os preços voltariam a um patamar mais baixo com o fim da guerra, e que era cedo para falar em aumentar o preço dos combustíveis.
A gasolina, que requer menos importação, está com o preço apenas 3% abaixo do preço internacional do combustível. Os dois combustíveis, no entanto, mantêm a janela de importação fechada, segundo a Abicom.