NOVA YORK, 9 setembro 2013 (AFP) – Os preços dos contratos futuros de petróleo caíram nesta segunda-feira em Nova York em um momento em que os investidores começam a duvidar de um eventual ataque à Síria que poderia dificultar o abastecimento.

 

O barril de “light sweet crude” (WTI) para entrega em outubro, que, na sexta-feira, alcançou seu máximo em dois anos, caiu US$1,01 no New York Mercantile Exchange (Nymex) a US$109,52.

 

Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte para entrega em outubro fechou em US$113,72 no Intercontinental Exchange (ICE), em queda de US$2,40 em relação ao fechamento de sexta-feira.

 

O presidente Barack Obama “parece ter problemas para encontrar apoio” para uma resolução que autorize o uso da força contra o regime de Damasco, destacou David Bouckhout da TD Securities. “A possibilidade de um ataque armado já não é tão grande como pensávamos inicialmente”, destacou este especialista.

 

O Senado votará na quarta-feira a esta questão nos Estados Unidos e a Câmara de Deputados, em duas semanas.

 

Paralelamente, a Rússia, principal aliada do regime sírio, propôs na segunda-feira a Damasco colocar seu arsenal químico sob controle internacional e destruí-lo.

 

Esta proposta foi recebida favoravelmente, mas com prudência pelos Estados Unidos, que desconfia de uma estratégia destinada unicamente a atrasar qualquer ataque.

 

A Síria não é um grande produtor de petróleo, mas os mercados temem que um ataque contra o regime de Damasco afete o abastecimento do Oriente Médio, que representa 35% das exportações de petróleo mundiais.

 

O mercado digeria, além disso, as notícias da China, onde as importações de petróleo caíram 18% em agosto em relação a julho, que foi, de toda forma um mês recorde.

 

O Brent, contudo, foi arrastado para queda, segundo Tim Evans de Citi, pelo “auemento da produção de petróleo no mar do Norte após a temporada de manutenção das plataformas” nesta área.