Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 21, na esteira do otimismo com a retomada da demanda, com o relaxamento do isolamento social na China, na Europa e em partes dos Estados Unidos. Investidores ainda assimilaram hoje os dados semanais do Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês), que apresentaram ontem queda nos estoques, reduzindo a preocupação recente sobre esse ponto.

O petróleo WTI para julho fechou em alta de 1,28%, a US$ 33,92 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançou 0,87%, a US$ 36,06 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Em meio a incertezas sobre uma segunda onda de covid-19, com a reabertura de alguns negócios, os participantes do mercado preferiram focar no retorno da demanda, principalmente na China, à espera da reunião legislativa anual que começará amanhã e durante a qual o maior consumidor global da commodity poderá assumir uma postura monetária e fiscal mais acomodatícia, em meio à pandemia de coronavírus.

Na quarta, a China e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se comprometeram a trabalhar juntas para ajudar a estabilizar os mercados da commodity, o que ajuda a manter o otimismo no mercado.

A Capital Economics destaca a queda na produção de xisto americano. “A lucratividade e a produção nas empresas de xisto dos EUA caíram devido aos baixos preços do petróleo. Esperamos que a produção de petróleo dos EUA permaneça baixa durante o resto de 2020, mas ela poderia começar a se recuperar em 2021”, afirma.