16/06/2020 - 17:35
Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão em alta, nesta terça-feira, 16, após relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE) prever um aumento recorde na demanda por petróleo e seus derivados no próximo ano. Medidas de apoio do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês), além da possibilidade de mais um pacote milionário nos Estados Unidos, ajudaram a sustentar os preços.
O barril do petróleo WTI para julho fechou em alta de 3,39%, a US$ 38,38 na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para agosto subiu 3,12%, a US$ 40,96 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O motor propulsor do preço do petróleo hoje foi o relatório da AIE. Apesar de afirmar que a pandemia vai prejudicar fortemente a economia global e a demanda por petróleo neste ano, cortes de oferta, feitos por grandes produtores, e um avanço recorde no consumo no próximo ano vão ajudar a reequilibrar o mercado.
Os ganhos foram ampliados após dados positivos dos EUA, principalmente as vendas no varejo em maio, que subiram ante abril.
Hoje o Banco do Japão (BoJ) manteve sua política monetária afrouxada, por meio do programa de empréstimos para ajudar empresas afetadas pelo novo coronavírus, o que também ajuda no retorno da demanda por petróleo.
Segundo o Commerzbank, o otimismo dos investidores em meio a um grande número de novas e medidas anteriores de apoio fiscal e monetário fizeram “os preços do petróleo recuperaram perdas” em meio à incertezas.
No noticiário internacional, ganhou destaque a informação de que o governo americano estudada um pacote de US$ 1 trilhão para a infraestrutura.
Na avaliação de Eugen Weinberg, do Commerzbank, embora todos esses estímulos aumentem a tolerância ao risco entre os investidores e apoie os mercados financeiro e de commodities, “é também uma indicação de quão fraca a economia está atualmente”.
“É provável que o mercado de petróleo, depois de voar alto por um tempo, permaneça preso entre a enxurrada de dinheiro de um lado, e a fraqueza econômica do outro, deixando-o propenso a flutuações”, conclui Weinberg.