05/09/2013 - 2:33
NOVA YORK, 5 setembro 2013 (AFP) – Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira em Nova York, impulsionados por uma forte alta das reservas de petróleo nos Estados Unidos e bons indicadores sobre a economia doméstica, em um mercado que continua à espera da situação na Síria.
O barril de “light sweet crude” (WTI) para entrega em outubro, ganhou 1,14 dólar no New York Mercantile Exchange(Nymex), alcançando 108,37 dólares.
Uma queda maior que a prevista nas reservas semanais de petróleo norte-americanas, anunciada pelo departamento de Energia, sustentou os preços.
As reservas caíram 1,8 milhão de barris na semana encerrada no dia 30 de agosto. “É a quarta vez em cinco semanas que as reservas caem”, lembrou Robert Yawger de Mizuho Securities USA.
Os preços também foram claramente ajudados pelos indicadores norte-americanos.
“Os dados publicados nesta manhã, como os dos últimos dias, refletem uma recuperação econômica sólida e isso é sempre um bom sinal para a demanda de petróleo”, disse John Kilduff, da Again Capital.
A produtividade das empresas norte-americanas aumentou mais que o previsto pelos analistas no segundo trimestre de 2013.
Quanto ao emprego, os pedidos de seguro-desemprego caíram na semana encerrada no dia 31 de agosto, surpreendendo os analistas, que esperavam uma leve alta e apesar de a um ritmo menor que no mês anterior, as contratações continuaram aumentando no setor privado em agosto, segundo dados da empresa ADP.
Os investidores “esperam agora a divulgação (na sexta-feira) do relatório mensal oficial de emprego para ver se essas cifras são confirmadas”, disse Kilduff.
Este documento é considerado essencial com a aproximação da reunião do Federal Reserve, para a qual a redução do desemprego é um de seus principais objetivos.
O mercado também se mantém atento à situação em torno da Síria, à espera de uma decisão do Congresso norte-americano quando terminar seu recesso, no dia 9 de setembro.
Contudo, “nada acontecerá antes da abertura das sessões do Congresso na próxima semana, podem ainda passar duas semanas antes de qualquer intervenção e começa a ver certo cansaço no mercado quanto às especulações sobre a Síria”, segundo Kilduff.