24/05/2011 - 1:00
O petróleo fechou em alta esta terça-feira, em Nova York, sob os efeitos da desvalorização do dólar, à qual se somaram previsões de preços elevados por parte de importantes agentes de mercado.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em julho terminou a 99,59 dólares, 1,89 dólar acima da cotação da véspera.
Em Londres, no Intercontinental Exchange, o barril de Brent do Mar do Norte, com o mesmo prazo de entrega, aumentou 2,43 dólares, a US$ 112,53.
Os preços caíram 2,40 dólares na segunda-feira, aproximando-se dos 95 dólares, constituindo “o nível que todos os corretores vigiam” e “um apoio importante para o petróleo”, analisou Rich Ilcszyszyn, da Lind Waldock.
Mas na terça-feira, subiram com o apoio da “influência dos mercados externos”, disse o analista.
Os mercados bursáteis, deprimidos na segunda-feira em consequência da crise orçamentária na zona do euro, se estabilizaram um pouco e a moeda americana caiu, devolvendo certo atrativo ao petróleo para os compradores que usam outras moedas.
“O mercado está muito dividido atualmente, que é o que explica as importantes variações de preços e sua volatilidade”, disse Tom Bentz, do BNP Paribas.
Por um lado, as más notícias se acumulam no campo econômico, com uma crise da dívida na zona do euro que não encontra solução, e uma diminuição aparente da velocidade de crescimento nos Estados Unidos e na China.
Por outro lado, a demanda por petróleo se mantém e a produção continua afetada na Líbia, enquanto o resto do mundo árabe continua vivendo protestos e revoltas.
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