02/04/2014 - 18:49
Os preços do petróleo retrocederam levemente em Nova York nesta quarta-feira, em um mercado vacilante entre a possibilidade de uma recuperação da produção na Líbia e o anúncio de uma diminuição inesperada das reservas de cru nos Estados Unidos.
O barril do tipo “light sweet” (WTI) para entrega em maio caiu 12 centavos no New York Mercantile Exchange (Nymex) para se situar em US$ 99,62.
O mercado recuou, porque “temos a sensação de que as negociações políticas na Líbia podem, talvez, terminar com a reabertura de terminais petroleiros e uma alta importante das exportações”, afirmou Adela Khadir, corretora da SCS Commodities.
“Não há nada oficial por enquanto, mas, segundo nossas fontes, o governo líbio confirmou a existência de conversas”, acrescentou.
Desde o verão (boreal), o setor petroleiro líbio é afetado por protestos que derrubaram a produção. Em condições normais, é estimada em 1,5 milhão de barris por dia.
“No caso do barril de Brent, passamos pela primeira vez desde novembro abaixo dos US$ 104” durante a sessão, depois dessas informações, comentou a especialista.
A queda de preços se viu limitada pela baixa de reservas de cru nos Estados Unidos, enquanto o mercado esperava um aumento.
As reservas de cru caíram 2,4 milhões de barris, a 380,1 milhões na semana que terminou em 28 de março.
Os especialistas entrevistados pela agência Dow Jones Newswires esperavam um aumento de 700 mil barris.
Essa queda põe fim a uma série de dez semanas consecutivas de alta dessas reservas, durante as quais aumentaram 32 milhões de barris.
As reservas estão em baixa de 2% em relação ao mesmo período do ano passado.
As reservas de produtos destilados aumentaram 600 mil barris, quando os analistas esperavam uma queda de 200 mil barris.
As reservas de gasolina caíram 1,6 milhão de barris a 215,6 milhões, acima do 1,2 milhão esperado pelos especialistas. Esse número se deve, principalmente, pelo fechamento de um importante corredor de navegação no Texas, destacou Khadir.
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