Os contratos futuros do petróleo fecharem em queda nesta quinta-feira, 6, em meio a catalisadores conflitantes. Por um lado, a commodity foi pressionada pelo vazamento de um suposto plano de paz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na Ucrânia. Por outro, as perdas foram limitadas com o anúncio do Tesouro norte-americano de mais sanções ao Irã.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 0,59% (US$ 0,42), a US$ 70,61 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,42% (US$ 0,32), a US$ 74,29 o barril.

Em tarde volátil para a commodity, o Tesouro dos EUA anunciou mais uma rodada de sanções contra o Irã, tendo como alvo uma rede facilitadora de transporte do petróleo e energia do país.

Além disso, segundo um relatório vazado pelo The Daily Mail, Trump tentará pressionar Volodymyr Zelensky a aceitar um cessar-fogo com a Rússia até a Páscoa – um acordo que inclui o congelamento do avanço russo, a proibição da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a aceitação da soberania russa sobre terras anexadas.

O mercado continua a ponderar também o impacto das tarifas comerciais. “A maioria dos traders acha que as ameaças tarifárias dos EUA à China são reais e podem prejudicar ainda mais sua economia, e com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pronta para aumentar a produção em breve, os preços do WTI podem ter ventos contrários mais fortes no futuro”, diz Dennis Kissler, do BOK Financial.

O Citi prevê o petróleo Brent na faixa entre US$ 60 a US$65 o barril até o segundo semestre de 2025. O crescimento da oferta de países que não fazem parte da Opep+ ainda deve superar o fraco crescimento da demanda global, impactado pelas tarifas, acrescenta o banco.

*Com informações da Dow Jones Newswires