08/08/2013 - 3:01
NOVA YORK, 8 agosto 2013 (AFP) – Os preços dos contratos futuros de petróleo cotados em Nova York fecharam em queda pela quinta sessão consecutiva nesta quinta-feira, novamente afetados pela perspectiva de uma desaceleração da ajuda do Federal Reserve (banco central dos EUA) à economia norte-americana.
O barril de “light sweet crude” (WTI) para entrega em setembro caiu 97 centavos se situando em 103,40 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex).
Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte para entrega em setembro fechou em 106,68 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), em queda de 76 centavos em relação ao fechamento de quarta-feira.
O preço do WTI aumentou desde o final de junho e certos investidores “têm a impressão de que o mercado está supervalorizado”, disse David Bouckhout, da TD Securities.
“São necessários novos elementos que pressionem a alta e possam fazer frente às especulações sobre uma redução” das medidas de apoio à economia por parte do Federal Reserve (Fed) no próximo mês, acrescentou.
As maciças injeções de liquidez do Fed ajudaram a sustentar os investimentos em ativos de risco como o petróleo, por isso, a perspectiva de uma redução preocupa os corretores.
Certos investidores também temem que a economia norte-americana não seja capaz de crescer a ritmo suficiente sem esta ajuda e, em consequência, seja afetada pelo consumo energético do país.
A hipótese de um endurecimento da política monetária norte-americana foi reforçada pelas últimas cifras sobre emprego, particularmente acompanhadas pelo Fed: os novos pedidos de seguro-desemprego aumentaram na última semana nos Estados Unidos, porém, menos que o esperado pelos analistas.
De forma geral, “os investidores, que apostam na alta do mercado de petróleo, começam a perder a esperança enquanto os preços de todos os produtos petrolíferos parecem dispostos a cair”, disse Phil Flynn, da Price Futures Group.
Nem o crescimento recorde das importações chinesas de petróleo – de 19,6% em um ano – pôde manter a alta dos preços, observou.
A alta das importações chinesas foi causada mais por uma necessidade de reconstituir as reservas do que pela demanda, disseram os analistas do Commerzbank.