O petróleo opera de lado na manhã desta sexta-feira, volátil antes de dois dados dos Estados Unidos aguardados pelo setor: o relatório de empregos e o balanço de poços e plataformas em atividade no país.

Às 7h56 (de Brasília), o petróleo WTI para abril subia 0,26%, a US$ 34,66 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio avançava 0,27%, a US$ 37,17 o barril, na ICE, em Londres.

Economistas esperam que os EUA continuem a mostrar uma geração forte de empregos, o que pode impulsionar o dólar. A valorização da moeda, por sua vez, traz efeitos adversos para as commodities denominadas em dólar, como o petróleo, já que com isso este fica mais caro para os detentores de outras divisas.

Analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires preveem que tenham sido geradas 200 mil vagas em fevereiro nos EUA.

Os participantes do mercado também aguardam a mais recente contagem de poços e plataformas em atividade no país, divulgada pela Baker Hughes. O número é visto como um indicativo da atividade no setor de petróleo do país e tem recuado desde que os preços da commodity começaram a recuar. Na comparação com o pico de 1.609 de outubro de 2014, há 68% menos poços e plataformas em atividade no país. A produção de petróleo, porém, não tem recuado muito, já que houve um aumento de eficiência e novas tecnologias têm sido empregadas.

Na semana encerrada em 26 de fevereiro, a produção dos EUA registrou uma queda de 2,6% na comparação anual, para 9,08 milhões de barris por dia, segundo os dados oficiais. As projeções mais recentes do Departamento de Energia estimam que a produção de petróleo recue da média de 9,4 milhões de barris em 2015 para 8,7 milhões de barris por dia em 2016 e de 8,5 milhões de barris por dia em 2017.

A queda na produção dos EUA tem colaborado para apoiar os preços nas últimas semanas. Além disso, há a expectativa de que importantes nomes do setor cheguem a um acordo para congelar a produção a fim de apoiar as cotações.

O ministro do Petróleo da Nigéria, Ibe Kachikwu, disse na quinta-feira que uma reunião entre os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de nações de fora do grupo deve ocorrer em 20 de março em Moscou, a fim de ajustar estratégias de colaboração entre as partes. Grandes fornecedores como o Irã, porém, já indicaram que não se unirão ao plano de congelamento. Alguns analistas mostram-se também céticos sobre o plano de manter a produção nos níveis de janeiro, porque muitos dos países já estavam produzindo em níveis próximos de recordes, o que significa que o excesso de oferta deve levar mais tempo para ser controlado. Fonte: Dow Jones Newswires.