Os contratos futuros de petróleo perderam força ao longo do dia e fecharam o pregão desta segunda-feira, 14, muito perto da estabilidade. Os investidores viram com preocupação o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que reduziu sua previsão de crescimento da demanda global pela commodity em 2025 e 2026.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para maio subiu 0,05% (US$ 0,03), fechando a US$ 61,53 o barril. O Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,19% (US$ 0,12), para US$ 64,88 o barril.

Em relatório, a Opep afirmou que espera que a demanda global por petróleo aumente em 1,3 milhão de barris por dia (bpd) neste ano e no próximo – cerca de 100 mil bpd a menos em cada ano em relação às previsões anteriores. Para justificar os cortes, o cartel citou dados do primeiro trimestre e o possível impacto de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.

Segundo Peter Cardillo, da Spartan Capital, os ganhos nos preços do petróleo refletem a queda nos rendimentos dos Treasuries e o enfraquecimento do dólar, que é positivo para os compradores europeus. “No entanto, não esperamos que os preços subam significativamente além dos níveis mais altos vistos nesta manhã”, afirma.

De acordo com o ING Group, a atividade de perfuração nos EUA começa a mostrar sinais de desaceleração em meio à recente fraqueza nos preços do petróleo. “Os preços atuais do West Texas Intermediate oferecem pouco incentivo para os produtores dos EUA continuarem perfurando”, dizem em nota os estrategistas Warren Patterson e Ewa Manthey.

Segundo eles, se os preços permanecerem próximos dos níveis atuais haverá novas quedas na atividade de perfuração. O número de sondas de petróleo ativas nos EUA caiu 9, de 489 para 480 na semana passada – a maior queda semanal desde junho de 2023 -, afirma o ING com base em dados da empresa de serviços energéticos Baker Hughes.

*Com informações da Dow Jones Newswires