Os futuros de petróleo operam em ligeira baixa nesta manhã, enquanto os investidores ponderam fatores de oferta e demanda em meio ao enfraquecimento da confiança no último rali da commodity.

Nas últimas sessões, o Brent tem encontrado alguma sustentação na recente ação militar da Arábia Saudita no Iêmen, mas o petróleo negociado na Nymex continua pressionado após os estoques dos EUA avançarem a níveis recordes, apesar da expectativa de que a produção norte-americana comece a se desacelerar.

De qualquer forma, as cotações do petróleo se mantêm próximas dos maiores níveis no ano.

“A manutenção do recente rali do petróleo exige uma demanda mais firme e uma resposta tangível da oferta. O carro está se movendo à frente dos bois e temos uma visão cautelosa sobre quanto mais o preço subirá no curto prazo”, comentou o analista Michael Cohen, do Barclays, em relatório.

Segundo Cohen, há poucas evidências de que esteja ocorrendo um amplo aumento no consumo, enquanto no lado da oferta as projeções divulgadas ao longo do último mês mostram que a produção de óleo de xisto nos EUA poderá voltar a crescer se os preços do petróleo permanecerem no intervalo entre US$ 60 e US$ 70 por barril.

Para o Bank of America Merrill Lynch, o petróleo na Nymex deverá recuar para US$ 50 por barril quando as operações de manutenção forem retomadas, em setembro. Depois disso, prevê o banco, a cotação poderá se recuperar para US$ 57 até o fim do ano.

Às 9h12 (de Brasília), o Brent para junho caía 0,29%, a US$ 65,09 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres, enquanto na Nymex, o petróleo para o mesmo mês recuava 0,23% a US$ 57,02 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.