19/02/2025 - 18:44
NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo mantiveram-se próximos à máxima de uma semana nesta quarta-feira, devido a preocupações com interrupções no fornecimento na Rússia e nos EUA, enquanto o mercado aguardava esclarecimentos sobre as sanções, já que Washington tenta intermediar um acordo para pôr fim à guerra na Ucrânia.
Os futuros do Brent subiram 20 centavos, ou 0,3%, para fechar a US$76,04 por barril, enquanto o petróleo WTI subiu 40 centavos, ou 0,6%, encerrando a US$72,25.
Esse foi o maior fechamento para ambos os índices de referência do petróleo desde 11 de fevereiro.
“O mercado está tentando se decidir sobre três fatores de alta: Rússia, Irã e Opep”, disse o estrategista de commodities do BNP Paribas, Aldo Spanjer.
“As pessoas estão tentando descobrir o impacto das sanções anunciadas e reais.”
Os ataques de drones à infraestrutura petrolífera russa estão reduzindo os suprimentos.
A Rússia disse que os fluxos de petróleo do Caspian Pipeline Consortium (CPC), uma importante rota para as exportações de petróleo do Cazaquistão, foram reduzidos em 30-40% na terça-feira após um ataque de drones ucranianos em uma estação de bombeamento.
Um corte de 30% equivaleria à perda de 380.000 barris por dia de abastecimento do mercado, segundo cálculos da Reuters.
O presidente russo , Vladimir Putin, sugeriu que o ataque do CPC pode ter sido coordenado com os aliados ocidentais da Ucrânia.
Nos EUA, o clima frio ameaçou o fornecimento de petróleo, com a North Dakota Pipeline Authority estimando que a produção no Estado diminuiria em até 150.000 bpd.
Há também especulações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, como a Rússia e o Cazaquistão, podem decidir adiar seu aumento de oferta planejado para abril, disse o analista de mercado da IG, Tony Sycamore.
O presidente dos EUA, Donald Trump, chamou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy de “um ditador sem eleições” na quarta-feira e disse que ele deveria agir rapidamente para garantir a paz.