Após o relaxamento das restrições de viagem impostas pela pandemia, o número de pedidos para emissão de passaportes cresceu e a Polícia Federal de São Paulo não está dando conta da demanda no estado. Quem tenta agendar, relata não conseguir vaga em nenhum posto até o fim do ano.

Para tirar o passaporte, o primeiro passo é preencher um formulário online. Em seguida, a pessoa deve pagar um boleto com a taxa de emissão do documento. Com o valor pago, o solicitante deve escolher uma unidade da PF para comparecer pessoalmente e entregar a documentação. É nesta etapa que está o imbróglio.

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Algumas pessoas relataram estar esperando desde fevereiro pela abertura de novas datas e seguem sem sucesso. Quem consegue agendar vai então ao local no dia horário informado. Durante o atendimento, são coletadas impressões digitais e uma fotografia facial. Depois, o prazo de entrega do passaporte é informado pelo posto – em geral, em São Paulo, o prazo é de 6 dias úteis.

A PF confirma a explosão de solicitações e diz que irá abrir um novo posto na capital paulista, mas não informa quando isso será feito.

Situação nos consulados

O mesmo problema ocorre nos consulados estrangeiros mais procurados por moradores de São Paulo, como os de Portugal, Itália e Estados Unidos. Os três registram grandes filas para emissão de vistos, passaportes e cidadanias.

Apesar de terem reforçado as equipes de atendimento, as representações estrangeiras não estão conseguindo processar tantos pedidos.

Segundo despachantes, as solicitações aumentaram muito porque parte dos clientes não conseguiu enviar seus pedidos ao longo de 2020 e 2021.

No consulado do EUA, onde a maior procura é por vistos, a espera estimada é de 284 dias para autorizações de turismo ou negócios. Já na representação da Itália, o gargalo maior é para obtenção de cidadania, em uma fila que já tem mais de 150 mil pessoas.

No caso do consulado de Portugal, a principal reclamação é sobre o mau funcionamento das plataformas: o site para agendamentos registra instabilidades e, muitas vezes, nem abre, o que impossibilita a marcação de horário para emissão de passaporte.