BRASÍLIA (Reuters) – A Polícia Federal disse no domingo que mais cinco suspeitos ajudaram a esconder os corpos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, depois de já terem prendido três homens suspeitos do assassinato na floresta amazônica.

A polícia não nomeou os novos suspeitos, acrescentando em uma breve nota que as investigações continuam com o objetivo de “esclarecer todas as circunstâncias, os motivos e os envolvidos no caso”.

Em uma segunda nota, divulgada na noite de domingo, a PF informou ter encontrado a embarcação em que Pereira e Philiips viajavam quando foram vistos pela última vez com vida.

“A embarcação será submetida nos próximos dias aos exames periciais necessários, de modo a contribuir com a completa elucidação dos fatos”, disse a PF.

Até agora, Amarildo da Costa Oliveira –um pescador que a polícia diz ter confessado ter matado as duas vítimas–, seu irmão, Oseney da Costa, e um terceiro homem, Jeferson da Silva Lima, foram presos.

Phillips, um repórter freelancer que havia escrito para o Guardian e o Washington Post, fazia pesquisa para um livro durante a viagem com Pereira, um ex-chefe de etnias isoladas e recentemente contatadas da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Eles desapareceram em 5 de junho depois de viajarem juntos de barco pelo Vale do Javari, uma região remota que faz fronteira com o Peru e a Colômbia. De acordo com a polícia, ambos foram baleados com munição de caça.

O assassinato de Pereira e Phillips ecoou por todo o Brasil e ao redor do mundo, destacando as mudanças feitas na Funai durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, juntamente com uma crescente onda de violência e incursões criminosas em terras indígenas.

(Reportagem de Marcela Ayres)

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