17/04/2020 - 12:25
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 17, operação para investigar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo um suposto grupo coordenado pelo desembargador Mário Guimarães Neto do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Segundo a corporação, o grupo atua desde 2008.
Agentes cumprem 12 mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e em Petrópolis. Entre os endereços está o gabinete do desembargador. As ordens foram expedidas pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O ministro também decretou a indisponibilidade dos bens dos investigados e o afastamento do desembargador do TJ-RJ de suas funções públicas.
O nome de Mário Guimarães Neto é citado na delação do ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor) Lélis Teixeira, que afirmou ter participado de negociações que teriam resultado em propinas de até R$ 6 milhões para a mulher do desembargador.
Na época, o magistrado reagiu com indignação à citação ao seu nome e ao de sua mulher. “Nunca conheci pessoalmente o delator, nem tampouco minha esposa, cujo nome, como o meu, foi também injustamente veiculado nessa notícia estapafúrdia”, declarou.
Investigações
No último dia 9, a PF do Rio desencadeou outra operação também relacionada a magistrado do Tribunal de Justiça do Rio, o desembargador Siro Darlan. A ação fez parte da Operação Plantão, que investiga um esquema de negociação de medidas liminares que eram deferidas mediante pagamento de propinas. A operação foi deflagrada foi ordem do ministro Luiz Felipe Salomão, do STJ, que determinou ainda o afastamento por 180 de Darlan.
Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados.