A Polícia Federal (PF) em São Paulo deflagrou nesta quinta-feira, 10, uma operação batizada “Anakin” contra suposta organização criminosa responsável por um esquema de fraudes bancárias nos sistemas da Caixa Econômica Federal. Quatro pessoas foram presas preventivamente.

“A investigação se iniciou em 19 de agosto de 2021 e desvendou todo o modo de operação utilizado pelos criminosos para a invasão cibernética do sistema bancário, bem como identificou os membros de primeiro escalão da organização, incluindo os responsáveis pelas invasões cibernéticas (hackers)”, registrou a corporação.

Segundo os investigadores, trata-se de um grupo que invade os sistemas do banco, obtendo acesso a contas e informações restritas de clientes, e então emite cartões de crédito e realiza compras, pagamentos e saques. A PF aponta que o “potencial lesivo” das fraudes chega a cerca de R$ 140 milhões.

Além das ordens de prisão cumpridas no âmbito da ofensiva, a Polícia Federal executou oito ordens de busca e apreensão na capital paulista e na região metropolitana. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 7º Vara Criminal Federal de São Paulo. Cerca de 40 policiais federais participaram das diligências.

A PF aponta que o grupo sob suspeita tem uma “estrutura ordenada para as práticas delituosas” contando com “escritórios, empresas, equipamentos de informática, além de mão de obra altamente qualificada”. Segundo a corporação, os investigados serão indiciados pelos crimes de fraude aos sistemas da Caixa – e consequentes prejuízos – e por organização criminosa.

Ao longo das investigações, a PF identificou os hackers que invadiam os sistemas da Caixa e ainda assessoravam os demais investigados envolvidos no esquema. Além disso, os investigadores conseguiram chegar a um funcionário dos Correios apontado como responsável pelo repasse dos cartões emitidos de forma fraudulenta aos outros integrantes do grupo sob suspeita.

De acordo com a corporação, o nome da ofensiva, “Anakin”, faz alusão a personagem da série de filmes Star Wars “que usava seus conhecimentos para praticar o mal”. “Mesmo modo de atuação dos principais integrantes da organização criminosa, os quais faziam uso das suas habilidades na área de informática para lesar correntistas da Caixa Econômica Federal, em proveito próprio”, indicou a PF.