A Polícia Federal (PF) deteve nesta segunda-feira Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e homem-chave dos governos de Lula e Dilma Rousseff, no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga a rede de corrupção na Petrobras, informaram os meios de comunicação.

A PF informou sobre a detenção de um ex-ministro identificado sob o codinome “Omertá” por sua origem italiana, palavra que também deu título à Operação.

A Agência Brasil e os demais meios de comunicação o identificaram como Antonio Palocci, de 55 anos, que foi ministro da Fazenda de Lula entre 2003 e 2006, e ministro-chefe da Casa Civil de Dilma em 2011, assim como um importante operador político do Partido dos Trabalhadores.

Palocci, alvo de uma ordem de “prisão temporária”, foi detido em São Paulo sob suspeitas de que estaria vinculado a subornos pagos pela construtora Odebrecht, uma das principais envolvidas na Operação Lava Jato, para ganhar licitações governamentais da petrolífera estatal.

A PF informou que investiga negociações entre o Grupo Odebrecht e o ex-ministro para tentar aprovar um projeto de lei que buscaria imensas vantagens fiscais, assim como o “aumento da linha de crédito junto ao BNDES para país africano com a qual a empresa tinha relações comerciais, além de interferência no procedimento licitatório da Petrobras para aquisição de 21 navios sonda para exploração da camada pré-sal”.

A PF deteve na semana passada por algumas horas o sucessor de Palocci como ministro da Fazenda, Guido Mantega, por supostos desvios nas licitações de duas plataformas petrolíferas para obter fundos de campanha para o PT.