Por Manas Mishra

(Reuters) – A Pfizer anunciou nesta segunda-feira acordo de aproximadamente 43 bilhões de dólares para compra da Seagen, de olho em aumentar seu portfólio de tratamentos contra o câncer. O negócio ocorre em um momento em que a farmacêutica se prepara para uma queda acentuada nas vendas de produtos contra Covid-19 e perda de exclusividade de alguns de seus medicamentos mais vendidos.

O acordo adicionará quatro terapias contra o câncer aprovadas com vendas combinadas de quase 2 bilhões de dólares em 2022.

A Pfizer pagará 229 dólares em dinheiro por ação da Seagen, um prêmio de 32,7% em relação ao preço de fechamento de sexta-feira. O valor também representa um prêmio de quase 42% em relação ao fechamento da ação em 24 de fevereiro, um dia antes do Wall Street Journal publicar pela primeira vez notícia sobre um possível negócio.

A Pfizer tem buscado mitigar uma queda prevista de 17 bilhões dólares em receita até 2030 devido ao vencimento de patentes de importantes medicamentos e ao declínio na demanda por seus produtos contra Covid.

“Embora a Pfizer ainda tenha mais poder de fogo para fazer negócios, achamos que a integração de uma empresa tão grande pode fazer (a Pfizer) fazer uma pausa na frente de fusões e aquisições”, disse Mohit Bansal, analista do Wells Fargo, em nota de pesquisa.

A farmacêutica espera mais de 10 bilhões de dólares em vendas “ajustadas ao risco” da Seagen em 2030.

A Seagen, com sede em Washington, é pioneira em conjugados anticorpo-droga (ADCs), que funcionam como “mísseis guiados” projetados para um efeito destrutivo direcionado e para poupar células saudáveis.

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