03/12/2024 - 11:20
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu em 0,9% terceiro trimestre de 2024, fazendo com que o Brasil seja o 4º país com o maior crescimento econômico dentre as economias do G20 que já divulgaram seus indicadores.
+Projeção do governo de alta de 3,3% do PIB no ano deve ser revisada para cima, diz Fazenda
O Brasil ocupa a 4ª posição na margem e na comparação interanual. Olhando para o acumulado de quatro trimestres, o PIB do Brasil se mantém na 6ª melhor posição.
O país que teve o maior crescimento econômico no período foi a Indonésia, com um salto de 1,5% na janela em questão. Índia e México vem logo atrás, com 1,3% e 1,1%, respectivamente.
O Brasil, assim, ficou na frente da China e EUA, que cresceram 0,9% e 0,7% no terceiro trimestre de 2024.
“O PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024, em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No acumulado em quatro trimestres, 3,1% de variação real. Destaca-se, pelo lado da demanda, o aumento de 2,1%, na margem, da formação bruta de capital fixo (investimentos) e de 1,5% no caso do consumo das famílias. Pelo lado da oferta, apesar da queda de 0,9% do agronegócio, também em relação ao segundo trimestre de 2024, a indústria avançou 0,6% e os serviços, 0,9%”, comenta Felipe Salto, economista-chefe da Warren.
O Ministério da Fazenda, em nota técnica, destacou que os resultados observados para o PIB no terceiro trimestre mostraram que a economia brasileira seguiu em ‘ritmo robusto de expansão mesmo com menores impulsos fiscais’, impulsionada pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos.
“Pela ótica da demanda, essa expansão se refletiu em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento”, disse a pasta.
Projeção do PIB será revisada para cima
Com o dado vindo dentro das projeções do mercado, a Fazenda comunicou que a projeção de crescimento econômico para 2024 deve ser revisada para cima. A projeção do PIB pela pasta é de atuais 3,3%.
O crescimento econômico, na análise da pasta, foi impulsionado pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos.
“Pela ótica da demanda, essa expansão se refletiu em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento. A atividade econômica deve continuar a crescer no próximo trimestre, embora com desaceleração na margem”, diz a Fazenda.
No documento, ainda é citado que os juros mais altos – tema que gera atritos entre o Planalto e o Banco Central – deve ser um limitador para o crescimento do PIB.
“A política monetária mais contracionista deverá restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos. Ainda assim, impulsos positivos devem vir do mercado de trabalho, que deverá seguir resiliente, estimulando a produção e o e consumo das famílias”.