São Paulo, 17 – O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), recuou 1,28% no segundo trimestre de 2024. No ano, a queda é 3,50%.

“Entre os segmentos do setor, quando se compara os dois primeiros trimestres de 2024, o PIB registrou queda para os insumos (-2,68%), para o segmento primário (-1,77%), para as agroindústrias (-0,62%) e para os agrosserviços (-1,15%)”, disse a CNA em nota. Conforme a análise, os desempenhos refletiram a queda no valor bruto da produção, com preços mais baixos e menor produção em alguns casos.

De acordo com a CNA, os resultados dos agrosserviços (-2,74%) no primeiro semestre decorreu da redução para os agrosserviços de base agrícola (-5,39%), ante crescimento para os de base pecuária (3,78%). “No ramo agrícola, a queda acumulada no semestre reflete os comportamentos dos demais segmentos, especialmente dos insumos e do primário. No ramo pecuário, o crescimento no acumulado no semestre (3,78%) decorreu da maior produção esperada para o ano dos segmentos a montante, dentro e fora da porteira.”

A projeção é de que o PIB do agronegócio brasileiro pode alcançar R$ 2,50 trilhões em 2024, sendo 1,74 trilhão no ramo agrícola e 759,82 bilhões no ramo pecuário (a preços do segundo trimestre de 2024). “Considerando-se essa projeção e o comportamento do PIB brasileiro no período, estima-se que a participação do setor na economia fique próxima de 21,8% em 2024, abaixo dos 24,0% registrados em 2023.”