07/03/2025 - 11:51
Esse foi o quarto ano consecutivo de crescimento do país, ainda que os números tenham ficado abaixo da projeção do mercado financeiro, que era de 4,1%. Maiores responsáveis foram serviços e indústria.O Produto Interno Bruto (PIB, a soma de bens e serviços produzidos pelo país) cresceu 3,4% em 2024, de acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (07/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totalizando, no ano passado, em termos nominais, R$ 11,7 trilhões.
O resultado foi acima do registrado em 2023 (3,2%) e o melhor desde 2021, quando havia crescido 4,8% após um tombo de -3,3% em 2020, no primeiro ano da pandemia de coronavírus. Em 2022, o crescimento havia sido de 3%.
Ou seja, esse foi o quarto ano consecutivo de crescimento do país. Mas a taxa ficou abaixo da projeção do mercado financeiro, que era de 4,1%.
Os maiores responsáveis pela alta do PIB brasileiro foram o setor de serviços, com aumento de 3,7%, e indústria, que cresceu 3,3%. No consumo, destaque para o consumo das famílias, que cresceu 4,8% em comparação a 2023.
Em relação à produção, o IBGE aponta três setores como responsáveis por praticamente metade do aumento do PIB em 2024: outras atividades de serviços, com 5,3%; indústria de transformação, 3,8%; e comércio, 3,8%.
No setor de serviços, todas as áreas cresceram em 2024, a exemplo de comércio e outras atividades de comércio, informação e comunicação (6,2%), atividades financeiras, seguros e serviços relacionados (3,7%), atividades imobiliárias (3,3%), transporte, armazenagem e correio (1,9%) e administração, defesa, saúde, educação e seguridade social (1,8%).
Já o ramo agropecuário caiu 3,2% em 2024 depois de ter registrado crescimento de 16,3% há dois anos. Um dos motivos para isso são os efeitos climáticos extremos que influenciaram diferentes culturas da lavoura, a exemplo da soja, com -4,6%, e o milho, com -12,5%.
Desaceleração no quarto trimestre
O crescimento foi impulsionado principalmente pelo consumo das famílias, essencialmente por meio de estímulos fiscais do governo e um mercado de trabalho também em alta.
O ano passado teve a menor taxa de desemprego já registrada no país: 6,6%. E a taxa básica de juros (Selic) ficou em 10,9% ao ano, frente aos 13% de 2023.
A evolução do PIB brasileiro foi mais lenta no último semestre, quando teve leve alta de 0,2%, indicando uma desaceleração entre outubro e dezembro frente aos demais períodos do ano.
No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, a alta havia sido de 1%. No segundo, de 1,3%. E no terceiro, de 0,7%.
gb/md (ots)