Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 6,50% para queda de 6,54%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 6,25%.

Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

Há duas semanas, o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) recuou 9,73% em abril ante março, na série com ajustes sazonais. Foi o maior recuo da história em um único mês.

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No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 5,50% para queda de 6,00%. Há um mês, estava em baixa de 3,59%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 3,50% para 4,00%, ante 2,50% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 66,20% para 66,25%. Há um mês, estava em 64,28%. Para 2021, a expectativa foi de 67,45% para 67,90%, ante 65,20% de um mês atrás.

Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 10,10% para 10,20%. No caso de 2021, foi de 2,30% para 2,32%. Há um mês, os porcentuais estavam em 8,00% e 2,06%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 foi de 14,80% para 14,85%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, foi de 6,45% para 6,50%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 12,00% e 6,00%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal deve-se ao saldo após as despesas com juros.

Os avanços nas projeções sugerem que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o País terá um cenário fiscal ainda mais difícil.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, de superávit comercial de US$ 52,50 bilhões para US$ 53,00 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 45,50 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit seguiu em US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 45,00 bilhões.

No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 13,95 bilhões para US$ 13,50 bilhões, ante US$ 28,10 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo foi de US$ 20,99 bilhões para US$ 20,88 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 38,40 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 foi de US$ 60,00 bilhões para US$ 57,50 bilhões. Há um mês, estava em US$ 64,00 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 75,00 bilhões para US$ 72,50 bilhões, ante US$ 75,00 bilhões de um mês antes.