A economia brasileira perdeu fôlego no segundo trimestre de 2025, com o PIB (Produto Interno Bruto) registrando um crescimento de 0,4% em relação aos três primeiros meses do ano. Os dados, divulgados nesta terça-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram forte queda nos Investimentos (-2,2%) e recuo no Consumo do Governo (-0,6%). No período, a soma de todas as riquezas produzidas no país totalizou R$ 3,2 trilhões.

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A taxa de investimentos registrou no 2º trimestre a primeira queda (-2,2%) desde o terceiro trimestre de 2023 (-2,2%).

O resultado só não foi mais fraco graças ao desempenho do setor de Serviços, o de maior peso na economia, que avançou 0,6%, e da Indústria, que cresceu 0,51%. Pelo lado da demanda, o Consumo das Famílias, um dos principais motores do PIB, também contribuiu positivamente, com alta de 0,5%.

Desempenho de cada setor incluído no cálculo do PIB

Confira abaixo o desempenho detalhado de cada componente do PIB na comparação com o primeiro trimestre de 2025:

  • Serviços: +0,6%
  • Indústria: +0,5%
  • Consumo das famílias: +0,5%
  • Exportações: +0,7%
  • Agropecuária: -0,1%
  • Consumo do governo: -0,6%
  • Investimentos: -2,2%
  • Importação: -2,9%

O avanço no setor de Serviços foi liderado pela robusta expansão de 2,1% nas Atividades financeiras e de seguros, que tiveram o melhor desempenho no trimestre. O resultado positivo foi reforçado por altas importantes nos segmentos de Informação e comunicação (1,2%) e Transporte (1,0%). Em contrapartida, o setor público, que inclui administração, saúde e educação, registrou uma contração de 0,4%,  e o Comércio permaneceu estagnado (0.0%).

O avanço da Indústria foi impulsionado majoritariamente pelo salto de 5,4% nas Indústrias Extrativas. No entanto, o resultado geral foi contido por perdas em outros segmentos, com destaque para a Construção, setor particularmente sensível ao nível da taxa de juros e um dos que mais emprega no país, que registrou uma queda de 0,2%. Também houve retrações na Indústria de Transformação (-0,5%) e no setor de Eletricidade e gás (-2,7%).

Demanda e produção

O PIB é analisado por duas óticas principais. A primeira é a da produção, que mostra o desempenho dos grandes setores que geram a riqueza do país: Agropecuária, Indústria e Serviços. Veja o histórico do seu desempenho no gráfico:

PIB sob ótica da oferta (2023 – 2025). Crédito: IBGE

A segunda é a da demanda (ou consumo), que detalha como essa riqueza é gasta, dividindo-se entre o Consumo das Famílias, o Consumo do Governo, os Investimentos das empresas e o setor externo (Exportações menos Importações). Confira no gráfico:

PIB sob ótica da demanda (2023 – 2025). Crédito: IBGE