O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 1,4% no 2º trimestre, mostrando uma aceleração frente ao 1 trimestre, segundo mostrou nesta terça-feira, 3, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões.

O resultado veio acima do esperado pelo mercado. A expectativa em pesquisa da Reuters para o resultado do trimestre era de um avanço de 0,9%.

O avanço no 2º trimestre foi puxado principalmente pelo consumo das famílias e do governo, e pelos investimentos. Do lado da oferta, o maior crescimento foi da indústria. Veja abaixo o desempenho dos principais componentes do PIB:

Principais destaques do PIB no 2º trimestre

  • Serviços: 1%
  • Agropecuária: -2,3%
  • Indústria: 1,8%
  • Construção: 3,5%
  • Comércio: 1,4%
  • Consumo das famílias: 1,3%
  • Consumo do governo: 1,3%
  • Investimentos: 2,1%
  • Exportações: 1,4%
  • Importação: 7,6%

    Evolução do PIB do Brasil (Crédito:Divulgação/IBGE)

Alta de 2,5% em 12 meses

Em relação ao 2º trimestre de 2023, o PIB avançou 3,3%. Em 12 meses, o PIB acumula alta de 2,5%.

No relatório Focus do Banco Central, que traz as projeções do mercado para os principais indicadores econômicos, a expectativa para o PIB em 2024 é de alta de 2,46%. O governo prevê um crescimento de 2,5%, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já sinalizou que a pasta deve elevar em breve sua projeção de avanço do PIB no ano.

“A melhora do PIB deverá ajudar à arrecadação do governo uma vez que hoje muitas das desonerações feitas no passado foram revertidas e nesse sentido o crescimento econômico deverá melhorar o caixa do governo”, avaliou o economista André Perfeito. Por outro lado vivemos hoje uma situação onde a “notícia ruim é que está bom”, ou seja, muitos analistas irão avaliar os dados como sinalização de atividade mais forte que o adequado e assim a conta erro dessa leitura irá reafirmar temores de alta de juros por aqui, ou mesmo juros “menos menores” nos próximos anos.”