20/10/2019 - 19:22
O 5º Tribunal do Júri condenou na sexta, 18, os dois últimos do grupo de seis pichadores envolvidos na morte do dentista Wellinton da Silva e tentativa de homicídio contra seu pai, Manoel Antônio da Silva. Com este julgamento, todos os seis acusados foram condenados.
As informações foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Segundo o TJ, “Aloisio Pires da Silva foi condenado 36 anos, seis meses e 20 dias de reclusão e três meses de detenção, somada ao pagamento de 10 dias-multa no valor unitário mínimo legal; e Lucas Rafael de Siqueira Nunes a 30 anos, sete meses e 16 dias de reclusão e três meses de detenção, mais 10 dias-multa no valor unitário mínimo legal, ambos em regime fechado”.
“Os jurados reconheceram que os acusados praticaram um homicídio consumado e uma tentativa de homicídio, triplamente qualificados (motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas)”, diz o Tribunal, por meio de nota.
Em sua decisão, a juíza Giovanna Christina Collares destaca o fato de que os crimes “foram praticados com acentuada frieza, pois os acusados agrediram, sem piedade, uma das vítimas até a morte, em circunstâncias reveladoras de brutalidade incomum”.
“As consequências foram especialmente nefastas para a vítima Manoel Antônio da Silva, a qual afirmou que ‘os eventos acabaram com a sua família’, somando-se, ainda à sua atual condição física , pois teve o seu braço direito amputado”, afirmou a juíza.
Em março, Adolfo de Souza foi condenado a 26 anos de reclusão no regime inicial fechado, mais três meses de detenção no regime semiaberto. Já Adilson dos Santos cumprirá 43 anos, um mês e 20 dias de reclusão no regime inicial fechado, mais quatro meses e dois dias de detenção no regime semiaberto. Eles também faziam parte do grupo que matou o dentista.
O crime
Na madrugada do dia 6 de agosto de 2016, o aposentado Manoel da Silva se envolveu numa briga com um grupo de pessoas que pichavam o muro de sua casa, do qual Souza e Santos faziam parte. Ele foi espancado e acabou tendo um braço amputado. Seu filho, o dentista Wellinton da Silva, então com 39 anos, saiu em defesa do pai e acabou morto.