02/09/2022 - 16:40
Um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, mostra que mulheres que fazem uso de pílula anticoncepcional se sentem menos motivadas e competitivas no meio do ciclo menstrual, período de ovulação. Os pesquisadores avaliaram 278 estudantes de 21 países. Elas responderam um questionário sobre autoestima, desejo sexual e motivação ao longo do ciclo menstrual de 28 dias.
Segundo a pesquisa, 192 estudantes com o ciclo regular e sem interferência de hormônios se sentem mais confiantes, motivadas e competitivas no período de ovulação. O estudo sugere que o meio do ciclo seja o momento ideal para que as mulheres que não usam métodos contraceptivos hormonais marquem uma entrevista de emprego e realizem tarefas desafiadoras.
+ Autolesão: transtorno mental pode ser fator de risco para o suicídio
“Normalmente, a pílula anticoncepcional reduz os níveis de testosterona livre em circulação no corpo. A tendência é de perda da libido, interferindo diretamente na competitividade e motivação da mulher”, explica o médico ginecologista Rogério Tabet, o Dr. Bigodin.
O médico afirma que há alternativas para essas interferências, como o uso de métodos contraceptivos não hormonais, como o dispositivo intrauterino (DIU) e preservativos, ou hormônios a base de progesterona, que altera pouco a sexualidade.
“A mulher moderna busca alternativas, como a reposição da testosterona com comprimidos e gel, e mudanças alimentares com a inclusão de zinco, vitaminas A e D, presente na castanha e sardinha, além de melhores noites de sono e exercício físico”, orienta o médico.
Tabet explica que a reposição de testosterona deve ser feita com cautela e orientação médica para evitar o hiperandrogenismo, que causa excesso de pelos no rosto, acne, aumento da oleosidade da pele, alterações de humor, disfunção ovulatória e infertilidade.