A gigante americana de alimentos General Mills, dona dos sorvetes Häagen-Dazs, volta a operar com fabricação própria no Brasil, após um intervalo de três anos. Na quinta-feira 24, ela assumiu o controle de 100% da paulista Yoki, fundada em 1960 pelo imigrante japonês Yoshizo Kitano. A fabricante das famosas pipocas de micro-ondas, entre outros de seus 620 produtos, cobrou caro: um total de R$ 2 bilhões, dos quais R$ 200 milhões em dívidas. O valor pago é quase o dobro do R$ 1,1 bilhão que a Yoki faturou em 2011. “Estou muito satisfeito de ver as marcas Yoki e o nosso negócio se juntando à General Mills”, disse Mitsuo Matsunaga, CEO da Yoki, em nota. “Nossa família está confiante de que as capacidades globais da General Mills levarão a empresa a um crescimento acelerado no Brasil.”

 

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Gigante global: a General Mills, comandada por Kendall Powell, é a quinta

maior empresa de alimentos do mundo.

 

Até agora, a General Mills, quinta maior empresa de alimentos do mundo, teve uma atuação limitada no Brasil. A empresa, comandada pelo americano Kendall Powell, chegou ao País em 1996, com a compra da paulista Massas Frescarini. Em 1999, adquiriu também a mineira Forno de Minas. Mas, dez anos depois, vendeu-a para o antigo controlador, passou adiante a Frescarini e deixou o País. “A Yoki vai acelerar nosso crescimento no Brasil”, diz Chris O’Leary, vice-presidente da General Mills, que faturou US$ 16 bilhões em 2011. “Vamos fortalecer as marcas Yoki e Kitano, além de trazer outros produtos de nosso portfólio.” De acordo com fontes próximas à empresa, a Yoki estava à venda por conta de uma conturbada disputa pelo seu comando entre os familiares do fundador. Entre eles está Gabriel Cherubini, vice-presidente da companhia, e genro de Kitano. 

 

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