A Operação La Casa de Papel, aberta pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 19, contra um esquema de pirâmide financeira que operou em mais de 80 países resultou em um saldo extenso de apreensões, incluindo carros de alto padrão – entre eles duas Porsches, duas BMWs e um Audi -, e também em uma lancha, 100 cabeças de gado, 75 ovelhas, além de 268 kg de pedras verdes, possivelmente esmeraldas, que ainda aguardam perícia.

O balanço dos bens confiscados no bojo da ofensiva foi divulgado pela Polícia Federal nesta quinta, 20. Com relação a valores em espécie, os agentes encontraram R$ 21 mil, US$ 9,25 mil e € 1,28 mil. Também foram apreendidos US$ 250 mil em criptoativos.

Ao longo das diligências, cumpridas em seis Estados – Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Santa Catarina – a PF também apreendeu joias, relógios e canetas, além de 35 celulares, 15 computadores, outros equipamentos eletrônicos e documentos.

Segundo o balanço divulgado pela PF, ao todo, 16 veículos foram confiscados: um Volvo XC90 T8 Inscript; duas caminhonetes Toyota Hilux; uma BMW 325i; uma BMW X6; um Audi A5, uma caminhonete VW/Amarok; um Porsche Cayenne; um Porsche Boxster; um Ragen Rover; uma Mercedes Benz GLC250; um GM/Opala, ano 1972; além de um reboque; uma Lancha HP Aqua I; e um Jet Sky.

Os agentes federais cumpriram 41 ordens de busca e apreensão para desarticular uma quadrilha que teria captado recursos de mais de 1,3 milhão de pessoas, causando prejuízo estimado de R$ 4,1 bilhões desde o início das operações, em 2019.

As ordens foram expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, que ainda bloqueou US$ 20 milhões dos investigados, além de decretar o sequestro de “imóveis de altíssimo padrão”.

Segundo a PF, a operação foi batizada “La Casa de Papel” porque alguns investigados seriam detentores também da nacionalidade espanhola e por terem, artificiosamente, engendrado um plano para montar uma bilionária pirâmide financeira.

A investigação aponta que a organização chegou ao requinte de criar seu próprio banco e até uma “casa da moeda” para fabricação de dinheiro por meio de criptoativos próprios “sem qualquer lastro”.