Logo após a confirmação do pedido de demissão do ministro da  Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a atenção está voltada para a  definição de um substituto para o cargo, responsável pela articulação  do governo com o Congresso. Os nomes ainda estão sendo colocados na  mesa, mas segundo fontes do Planalto, o objetivo é chegar a um consenso o  mais rapidamente possível para tentar estancar a crise causada pelo  episódio.

Seis dias depois de o ex-ministro da Cultura  Marcelo Calero denunciar que havia sido pressionado por Geddel para  liberar uma obra onde o ministro baiano comprou um apartamento na planta  em Salvador, Geddel Vieira Lima decidiu deixar o cargo nesta  sexta-feira, 25.

A situação de Geddel ficou  ”insustentável”, nas palavras de um assessor presidencial, por conta do  depoimento de Calero à Polícia Federal, acusando Temer de também tê-lo  pressionado para liberar o empreendimento. Geddel está na Bahia desde a  noite de quarta-feira (23) e mandou sua carta de demissão a Temer por  e-mail, depois de ambos conversarem por telefone.

A  situação da articulação política se complica, em um momento importante  para o governo em que estão em votações medidas fundamentais da área  econômica, como a PEC do teto dos gastos no Senado.