30/06/2025 - 12:15
Brasília, 30 – O Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/26, cuja cerimônia de lançamento começou no início da tarde desta segunda-feira, 30, no Palácio do Planalto, oferecerá R$ 78,2 bilhões em crédito pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com vigência de 1º de julho até o fim de junho de 2026.
O volume é 2,89% superior ao anunciado na safra passada, de R$ 76 bilhões, e, segundo o Planalto, o maior da série histórica.
“Além do valor recorde, conseguimos manter taxas de juros acessíveis, especialmente para a produção de alimentos essenciais, mesmo em um cenário econômico desafiador, garantindo que o agricultor familiar tenha condições justas de financiamento”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
Somadas todas as políticas de apoio, o total a ser ofertado pelo governo para os pequenos produtores chega a R$ 89 bilhões, ante R$ 85,7 bilhões registrados na temporada passada.
A cifra inclui os recursos do Pronaf, políticas de crédito rural, compras públicas (R$ 3,7 bilhões), seguro agrícola (R$ 5,7 bilhões pelo Proagro Mais), assistência técnica (R$ 240 milhões) e garantia de preço mínimo (R$ 1,1 bilhão para garantia-safra). Outros R$ 42,2 milhões foram direcionados para o Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio).
As taxas de juros da agricultura familiar variam de 0,5% ao ano a 8% ao ano para os financiamentos da próxima safra, conforme as modalidades de investimento e porte de produtor. Na safra atual, as taxas variam de 0,5% ao ano a 6% ao ano.
O aumento das taxas de juros foi de até dois pontos porcentuais, conforme antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O governo manteve as taxas de juros em 3% ao ano, para custeio de agricultores familiares que produzam alimentos como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, leite e ovos.
Agricultores que optarem pela produção sustentável de alimentos orgânicos, produtos da sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia terão incentivo maior, taxa de juro de 2% ao ano nas linhas de custeio, inalteradas ante o Plano Safra atual. Essa era uma das prioridades do Ministério do Desenvolvimento Agrário na construção do Plano Safra da agricultura familiar já que é uma linha considerada estratégica.
Também foi mantida a taxa de juros de 3% para o Pronaf Investimento nas linhas de crédito do Pronaf Floresta, Pronaf Jovem, Pronaf Agroecologia, Pronaf Bioeconomia, Pronaf Convivência com o Semiárido, Pronaf Produtivo Orientado e inclusão de avicultura, ovinocultura e caprinocultura, conectividade no campo e equipamentos dentre os investimentos possíveis.