10/08/2022 - 21:28
Com mais de 2.300 casos de varíola dos macacos no Brasil e dois meses após a confirmação do primeiro caso, quase todos os exames que detectaram a doença foram realizados em laboratórios do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque, até o momento, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não adicionou o teste no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, impedindo o exame de fazer parte da cobertura dos planos de saúde.
Em nota, a ANS alega que “o oferecimento do referido teste diagnóstico na rede privada de saúde ainda é incipiente” e que muitos dos kits ainda precisam ser aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações são do R7.
+ Ministério da Saúde declara nível máximo de alerta para varíola dos macacos
Até o momento, alguns laboratórios privados oferecem o exame que detecta o vírus monkeypox. No entanto, a realização só é feita mediante encaminhamento médico e o preço do procedimento varia entre R$ 500 e R$ 650, dependendo da urgência para entrega do resultado.
A demora da ANS em liberar a cobertura do exame pelos planos de saúde chama atenção, principalmente em um momento em que o Ministério da Saúde acaba de declarar nível máximo de alerta contra a varíola dos macacos.
De acordo com o Plano de Contingência Nacional para Monkeypox, publicado neste final de semana, o Brasil encontra-se em estado de “excepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”.
Até o momento, existem quatro laboratórios do SUS com capacidade de realizar o diagnóstico: o Instituto Adolfo Lutz, a Fundação Ezequiel Dias (Funed), a Fundação Oswaldo Cruz e o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.