Com mais de 2.300 casos de varíola dos macacos no Brasil e dois meses após a confirmação do primeiro caso, quase todos os exames que detectaram a doença foram realizados em laboratórios do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque, até o momento, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não adicionou o teste no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, impedindo o exame de fazer parte da cobertura dos planos de saúde. 

Em nota, a ANS alega que “o oferecimento do referido teste diagnóstico na rede privada de saúde ainda é incipiente” e que muitos dos kits ainda precisam ser aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações são do R7.

Ministério da Saúde declara nível máximo de alerta para varíola dos macacos

Até o momento, alguns laboratórios privados oferecem o exame que detecta o vírus monkeypox. No entanto, a realização só é feita mediante encaminhamento médico e o preço do procedimento varia entre R$ 500 e R$ 650, dependendo da urgência para entrega do resultado.

A demora da ANS em liberar a cobertura do exame pelos planos de saúde chama atenção, principalmente em um momento em que o Ministério da Saúde acaba de declarar nível máximo de alerta contra a varíola dos macacos.

De acordo com o Plano de Contingência Nacional para Monkeypox, publicado neste final de semana, o Brasil encontra-se em estado de “excepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”.

Até o momento, existem quatro laboratórios do SUS com capacidade de realizar o diagnóstico: o Instituto Adolfo Lutz, a Fundação Ezequiel Dias (Funed), a Fundação Oswaldo Cruz e o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.