A expectativa do Ministério da Fazenda para 2025 é evitar misturar assuntos relevantes num único bloco de envio ao Congresso Nacional. Para auxiliares do ministro Fernando Haddad, a divisão das propostas auxilia no equilíbrio de forças dentro do parlamento e facilita a votação. No caso da reforma da renda, no entanto, a isenção de Imposto de Renda (IR) para salários até R$ 5 mil deve ser trabalhada junto com a tributação de quem ganha mais de R$ 50 mil por mês. É que uma medida, a tributação, garante a receita para que a outra, a isenção do IR, seja implementada.

Para os técnicos da Fazenda, a maioria das demandas da pasta já foi entregue ao presidente, como o arcabouço fiscal e as medidas recentes para reforço dele, o pacote de reforma tributária recém-aprovado, a taxação de offshores e fundos exclusivos e o voto de qualidade pró-Fazenda nas disputas do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Assim, Haddad avalia que há espaço para a reforma na renda na agenda econômica de 2025.

Mas o ministro também sabe que ficaram alguns pontos pendentes de 2024: o controle da inflação, que obrigou o Banco Central a promover um choque de juros, é um deles. Haddad também encerra 2024 sinalizando que pode reforçar o controle fiscal com medidas extras.

E ainda falta um projeto deixado no escaninho dos parlamentares para o próximo ano: a reforma dos militares. Até o momento, para que o projeto seja desengavetado, militares e governo fecharam acordo sobre a idade para ingresso na reserva, de 55 anos, e o prazo para a transição da reforma, que seria 2032.

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