Ele já serviu de moradia temporária de reis, rainhas, presidentes, estrelas de cinema e outros imortais do mundo das artes e das letras de passagem por Nova York. Agora, o Hotel Plaza, um marco de glamour em Manhattan, vai se transformar em morada definitiva de mortais com uma conta bancária recheada. Explica-se: a partir do dia 30 de abril, o famoso hotel será fechado para reforma. Quando reabrir, no final de 2006, apenas a fachada ? tombada pelo Patrimônio Histórico americano ? continuará a mesma. Dos 19 andares, 12 serão transformados em um condomínio de luxo, com 200 apartamentos de um a quatro dormitórios. Os andares inferiores darão lugar a uma loja de departamentos. ?Ela será mais exclusiva do que a Saks da Quinta Avenida ou a Harrods de Londres?, diz Miki Naftali, porta-voz da firma Elad Properties, que comprou o Plaza no ano passado por US$ 675 milhões. O custo total das obras foi estimado em pelo menos US$ 100 milhões.

O Hotel Plaza, contudo, não será extinto. Dos 805 quartos de hoje restarão apenas 150, que deverão ficar ainda mais exclusivos. Pelas suítes do hotel já passaram nomes como a atriz Marlene Dietrich, o arquiteto Frank Lloyd Wright, os Beattles e muitos outros famosos (leia quadros). Dentre os clientes brasileiros, o que mais chamou a atenção foi o ex-presidente Fernando Collor, que certa vez se hospedou na Suite Astor, onde está instalada uma banheira de mármore grande o suficiente para receber um jet-ski. As lembranças dos velhos tempos também permanecerão intocáveis no restaurante Oak Room, no tradicional Oak Bar, no grande salão de baile e no terraço, que serão mantidos. Uma boa notícia para os hóspedes, clientes e novos moradores, que continuarão a desfrutar de um dos endereços mais charmosos de Nova York: na esquina da Quinta Avenida com a Rua 59, de frente para o Central Park.