O Índice dos gerentes de compras (PMI) composto do Brasil subiu de 49,6 em julho para 50,6 em agosto, informou nesta terça-feira, 5, a S&P Global. Assim, o indicador retornou para o nível acima de 50 pontos, o que indica expansão da atividade.

+ Demanda melhora e setor de serviços do Brasil tem pico em 9 meses em abril, mostra PMI

O PMI específico de serviços também subiu, para 50,6, ante 50,2 em julho.

Para a diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyana De Lima, os dados do mês indicam que o setor “mostra resiliência, diante dos desafios” do cenário econômico. “O aumento contínuo da demanda manteve a atividade de serviços dentro da zona de crescimento, enquanto as decisões do Banco Central de começar a cortar taxas estimularam a confiança nos negócios”, afirma.

Pollyana De Lima destaca, por outro lado, que houve aumento no custo de alguns insumos, o que, de acordo com os participantes da pesquisa, aconteceu devido aos custos mais altos com energia, combustíveis, seguro, água e mão de obra.

“No entanto, a taxa de inflação foi mais fraca do que a maioria daquelas registradas ao longo dos três últimos anos e os preços cobrados na atividade de serviços aumentaram apenas moderadamente”, observa. “Esta discrepância poderia ser parcialmente atribuída a pressões competitivas, com as empresas optando por absorver parte dos seus encargos adicionais em meio a estratégias para manter participações no mercado e viabilidade para os consumidores”, avalia a diretora.

De acordo com a divulgação da S&P, o impacto combinado de redução na taxa de juro, novos negócios pendentes de aprovação e previsão de melhorias nas vendas aumentou o otimismo dos negócios em agosto. O nível de confiança das empresas sobre as perspectivas para o próximo ano foi o mais alto desde outubro de 2022, segundo a S&P.