10/03/2024 - 18:56
Com sete congressistas no Senado, o Podemos lançou, neste sábado (9), em São Paulo, a candidatura da senadora Soraya Thronicke (MS) à corrida pela presidência da Casa, marcada para fevereiro de 2025.
“Eu aceitei, de novo, um desafio que o partido me pediu. Foi um convite e a (presidente do Podemos) Renata Abreu me lançou na semana da mulher. E estou feliz, honrada e agradecida”, disse Soraya ao Broadcast Político. “É um momento propício. Hoje as mulheres têm uma parca representação no Senado. Hoje somos 15 com a entrada dessas suplentes, mas na Mesa Diretora, na vice-presidência, não somos representadas. A gente precisa se colocar”, defendeu.
A parlamentar disputará contra o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que despontou nos bastidores como primeiro candidato e tenta se consolidar como favorito, com o apoio do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Soraya defendeu a alternância na presidência da Casa e negou que tenha se precipitado em lançar seu nome quase um ano antes da disputa. “A gente sabe que tem gente trabalhando há meses nos bastidores em candidaturas que nem sequer foram lançadas oficialmente. Como sou a primeira a me lançar, eu vou ser a primeira a conversar com todo mundo. Os partidos ainda não se definiram, (mas) o meu partido se antecipou e eu vou ter tempo para conversar”, disse.
Durante o anúncio da candidatura da senadora, a presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu, criticou forças políticas “que há muito tempo dominam o Senado”. “Porque a gente não vai abaixar a cabeça para senador nenhum. Porque a gente não vai sofrer pressão de governo nenhum, porque a gente não deve nada a ninguém”, disse, sem citar Alcolumbre.
Um dos principais desafios para Alcolumbre se consolidar como o principal candidato à presidência do Senado é aproximar-se dos outros dois relevantes atores na Casa: o MDB e o PL. Os emedebistas ainda tentam retomar o protagonismo histórico que já tiveram no Senado, e a oposição ainda não definiu se deve lançar um candidato próprio.
Alcolumbre comandou o Senado de 2019 a 2021 e fez de Pacheco seu sucessor. À época, os dois eram do mesmo partido, o Democratas. A sigla se fundiu com o PSL em 2022. Antes disso, porém, Pacheco já havia deixado a legenda para se filiar ao PSD e foi cotado como presidenciável pelo partido de Gilberto Kassab.