15/04/2022 - 21:06
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu no início da noite desta sexta-feira (15) o segundo suspeito pelo ataque ao jornalista da TV Globo Gabriel Luiz. Trata-se de um homem de 19 anos. Mais cedo um adolescente de 17 anos já tinha sido apreendido. Em entrevista coletiva, a Polícia Civil disse que apura o ataque como tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) e que descarta outras hipóteses.
Os dois suspeitos teriam confessado o envolvimento no caso e disseram que decidiram assaltar Gabriel Luiz porque ele estava caminhando sozinho. Afirmaram ainda não conhecer o jornalista.
+ Repórter esfaqueado em Brasília denunciou clube de tiro no início da semana
“Eram dois suspeitos. O fato trata-se de uma tentativa de latrocínio. Isso restou notório também para nós e é importante a gente colocar aqui. Houve a subtração da carteira, em que havia valores em reais. Muito provavelmente, R$ 250 que teriam sido subtraídos pelos autores. Descartando-se, com isso, as outras linhas de investigação que também apareceram ao longo do dia”, afirmou o delegado Petter Ranquetat.
No hospital onde está internado, Gabriel Luiz acordou, recebeu visita do pai e de amigos e gesticulou para responder a perguntas. Ele se comunicou por meio de um bilhete e questionou que horas eram naquele momento. As informações são do portal G1.
O repórter Gabriel Luiz foi esfaqueado por dois homens na noite desta quinta-feira (14). Ele fez uma matéria no início desta semana em que denunciou um clube de tiro em Brazilândia. Num primeiro momento, a Polícia Civil do Distrito Federal investigou diversas motivações ao crime, e uma eventual retaliação à reportagem foi uma delas, segundo o site Fórum.
A reportagem exibida pela Globo denuncia que as balas do clube atingem lotes residenciais vizinhos – a proteção é composta apenas por um barranco e uma camada de pneus. Os moradores mostraram projéteis diversos e furos em paredes e árvores das casas. O clube de tiro foi fechado.
O jornalista de 28 anos foi atacado por volta de 23h15, em frente a seu prédio, por dois homens. Ele foi alvo de diversas facadas em várias regiões do corpo, incluindo pescoço e tórax, e pediu socorro ao porteiro, que acionou os bombeiros. Segundo o Metrópolis, a agressão só parou com os gritos de um vizinho.