A Polícia Civil de São Paulo divulgou nesta quinta, 10, os resultados da Operação Rastreio, uma super ofensiva que varreu todo o Estado em busca de foragidos da Justiça. Foram capturados 920 condenados, a maioria por roubos e crimes sexuais, 48% deles reincidentes.

É a segunda fase da Operação Rastreio. As equipes saíram às ruas na segunda-feira, 7, e na terça, 8, para cumprir 1,4 mil mandados de prisão. Grande parte dos alvos veio de outros Estados. Segundo os investigadores, eles buscam refúgio em São Paulo onde tentam se ocultar no anonimato.

Na primeira etapa da Rastreio, executada no ano passado, foram presos 675 foragidos.

Na região da Grande São Paulo, onde a Polícia destacou um efetivo de 600 policiais e uma frota de 249 viaturas, foram feitas aproximadamente 220 prisões – além de seis adolescentes apreendidos nos dois dias de ação.

O delegado-geral de Polícia, Artur Dian, avalia que operações do padrão Rastreio ‘restauram a confiança nas instituições e aliviam o sentimento de abandono’.

“O Estado que prende com base legal, prende para proteger”, afirma Dian. “A prisão não é, e nunca deve ser, o único pilar do sistema penal. Mas negá-la em contextos como o brasileiro é fechar os olhos para a realidade das ruas.”

O chefe da Polícia Civil considera que missões desse porte indicam que ‘a Justiça, ainda que lenta para alguns, alcança todos’.

“Grande parte dos presos possui histórico criminal extenso”, destaca Artur Dian. “Muitos atuavam há anos com liberdade, graças à morosidade (dos processos) ou fuga. A prisão interrompe trajetórias que iriam se consolidar em carreiras criminosas. A sociedade acompanha e reconhece as ações da polícia.”