Homem que teria assassinado dez pessoas e ferido outras 18 foi detido no quarto dia de buscas. Ele estava em liberdade condicional, apesar de ter um vasto histórico de violência. Ele também é suspeito de matar seu irmão.No quarto dia de buscas, a polícia do Canadá prendeu nesta quarta-feira (07/09) o principal suspeito dos ataques a faca que deixaram dez mortos e ao menos 18 feridos na província de Saskatchewan, na região central do país.

A Policia Montada Real do Canadá disse que Myles Sanderson, de 32 anos, estava na cidade de Rosthern, na mesma província onde ocorreram os crimes. Relatos na imprensa canadense sugerem que ele teria colidido um automóvel com uma viatura policial e acabou se rendendo.

“Não há mais risco à segurança pública no que diz respeito a essa investigação”, afirmou a Polícia Montada em mensagem de alerta, sem fornecer maiores detalhes.

Violência e interrupção são as maiores ameaças às eleições dos EUA, diz autoridade de Michigan

A prisão ocorreu logo após a polícia emitir um alerta de emergência sobre uma pessoa possivelmente armada de uma faca que dirigia uma picape roubada na cidade de Wakaw, próxima a Rosthern.

Na segunda-feira, durante a caçada pelos dois irmãos suspeitos pelo massacre, os policiais encontraram o corpo de Damien Sanderson, de 30 anos, nas proximidades de onde ocorreram os ataques. A polícia investiga se Myles teria matado o seu irmão.

Liberdade condicional

O episódio gerou questionamentos sobre o fato de Myles – que possui um vasto histórico de violência e já havia sido condenado 59 vezes pela Justiça – ter recebido liberdade condicional em fevereiro, enquanto cumpria uma pena de quatro anos e quatro meses de prisão por acusações que incluem agressão e roubo.

Ele foi declarado foragido da Justiça em maio, por ter supostamente violado as regras de sua liberdade condicional.

Myles teria sofrido uma série de abusos quando criança, e teria começado a consumir álcool aos 12 anos e, dois anos mais tarde, cocaína. Muitos de seus crimes teriam sido cometidos em estado de intoxicação.

Líderes da comunidade indígena James Smith Cree Nation, onde ocorreram a maioria dos crimes, atribuíram o incidente ao problema do abuso de álcool e drogas na região, que disseram ser um legado deixado pelos colonizadores dos povos indígenas.

O ministro canadense da Segurança Publica, Marco Mendicino, disse que o comitê que concedeu a liberdade condicional ao suspeito será alvo de uma investigação.

O massacre está entre os piores da história do Canadá. No topo da lista figura um atentado ocorrido em 2020, no qual um homem disfarçado de policial atirou em pessoas em suas casas e provocou incêndios na província de Nova Escócia.

Na ocasião, 22 pessoas morreram. Em 2019, um homem usou uma van para matar dez pedestres em Toronto.

rc (AP, Reuters)