Vários líderes políticos e organizações internacionais defenderam nesta segunda-feira (30) um acordo ambicioso para proteger a biodiversidade, no âmbito de negociações virtuais que devem ser concluídas em 2022.

As delegações dos países membros da Convenção sobre Biodiversidade Biológica (CDB) das Nações Unidas se reúnem de forma remota até 3 de setembro, em vista da COP15 sobre biodiversidade que será iniciada em outubro e finalizada na primavera boreal. A Colômbia organiza o evento online.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, afirmou que “estamos em um momento chave. Para resolver a crise da biodiversidade a tempo, precisamos de avanços claros e com prazos” fixos.

Ele acrescentou que o progresso necessário “inclui um acordo para proteger 30% das terras e 30% dos oceanos até 2030 e um plano concreto para acabar com a extinção de espécies”.

O acordo, que será adotado em 2022, deverá ser ambicioso “em seus objetivos e na forma de sua aplicação”, afirmou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que lembrou que os Estados não conseguiram cumprir os objetivos definidos para a década 2010-2020.

A questão do financiamento também será fundamental, de forma que o presidente colombiano Iván Duque fez “um apelo também à mobilização de recursos”.

Ele exortou “todos os países que foram os maiores poluidores em nossa história recente para que também assumam uma responsabilidade de caráter econômico”.

Duque disse que “temos que colocar em cima da mesa a discussão sobre o alívio da dívida” e “o pagamento de créditos por áreas protegidas”, assim como “um grande acordo mundial para a proteção da biodiversidade com recursos e financiamentos concretos”.

Participaram do evento os presidentes chileno, Sebastián Piñera, argentino, Alberto Fernández e o secretário-geral da OCDE, Mathias Corman.

Na sexta-feira, será aberto em Marselha (sul) o congresso global da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).