21/01/2004 - 8:00
A cidade de St. Moritz, na Suíça, orgulha-se do sugestivo slogan que ostenta: ?Top of the World?, o topo do mundo. O termo tem pouco a ver com a localização da estação de esqui, encravada nos Alpes a 3 mil metros de altitude. É, a rigor, uma alusão à posição que ela ocupa na escala social do planeta. St. Moritz é o parque de diversões dos magnatas europeus durante os meses de inverno. Ali, de 22 a 25 de janeiro, ela promete ferver ainda mais.
O motivo: o mais badalado campeonato de pólo na neve do planeta,
o Cartier Polo World Cup on Snow. ?É um dos torneios mais respeitados do mundo?, diz Tomás Lanzillota, diretor da La Martina, empresa argentina de equipamentos para pólo. ?É o lugar onde
surgiu a modalidade na neve.?
O modo como aconteceu o primeiro campeonato em St. Moritz reflete, e muito, a personalidade dos freqüentadores. Os excêntricos milionários, cansados da monotonia do lugar, resolveram levar seus cavalos para o piso gelado. No campeonato, jogam quatro times das empresas que patrocinam o evento: Cartier, Bank Hofmann, Maybach e Larchmont. O pólo na neve está para a modalidade de grama como o futebol de areia para o de campo. Cada equipe tem apenas três cavaleiros, em vez dos quatro usuais. As medidas também são diferentes. O gramado oficial mede 280m x 170m ? na neve são, em média, de 60 m x 40m. Isso acontece porque o piso gelado deixa o cavalo mais cansado e o jogo mais lento. A bola é maior, feita de couro e tem a cor laranja para facilitar a visualização. A ferradura tem de ser de borracha para que o animal não escorregue. ?O torneio é um capricho do esporte?, diz José Eduardo Kalil Matarazzo, ex-presidente da Federação Paulista de Pólo. ?É a diversão dos milionários.?