O cenário das mídias sociais cresceu nos últimos anos e é sempre notícia. Facebook virou Meta, TikTok dominou, o BeReal surgiu, o Snapchat luta para sobreviver e o Instagram busca recursos de outros para copiar. São mais de 4,7 bilhões de usuários no mundo, segundo o Statista, que passam em média 147 minutos diários nos apps para postar desde fotos e vídeos a textos e opiniões curtas.

Um mercado que tem tudo para continuar crescendo e que recentemente entrou na mira dos bilionários polêmicos como Elon Musk e Kanye West, mas por quê? Para Musk, a saga começou em março, quando adquiriu 9,2% das ações do Twitter, com direito a influenciar algumas decisões da companhia. A partir disso, o bilionário sul-africano começou a gerar discussões sobre liberdade de discurso nas redes sociais e sua influência na democracia, o que parecia ser a principal motivação para a compra das ações.

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Em abril, ele fez uma oferta para a compra da rede, por US$ 44 bilhões de dólares, que foi posteriormente aceita pelo Twitter. Porém, no meio das negociações, Musk decidiu que não faria a aquisição alegando que a rede estava deixando de compartilhar algumas informações solicitadas. Decisão seguida de um processo movido pela rede social, que buscou forçá-lo a efetuar a compra. Nesta semana, ele finalmente anunciou ter finalizado a negociação.

O objetivo de Musk é criar uma rede social única e completa, que ele chama de X, algo parecido com o WeChat, app mais utilizado na China, no qual você pode realizar pagamentos, conversar, postar fotos, acessar games e realizar muitas outras funções. Segundo ele, o Twitter é uma boa base para a construção desse aplicativo que deve conter também uma carteira de criptomoedas, um dos seus investimentos favoritos.

O caso de Kanye West é mais simples. O músico bilionário e polêmico fez comentários antissemitas no último mês e por isso perdeu o acesso às suas contas no Twitter, Instagram e Facebook. West não pensou duas vezes e, ao longo deste mês, realizou a aquisição da rede social Parler, uma plataforma social conservadora que é também a favorita dos eleitores do ex-presidente americano Donald Trump.

Para ele, o Parler pode se tornar a rede tão almejada e incancelável que deseja, fundada nos mesmos princípios de discurso livre que também motivam Musk. Diferente das grandes redes já estabelecidas, com públicos e audiências robustas, a rede comprada por West tem apenas 40 mil usuários diários, sendo considerada pelo mercado um ‘reduto do ódio’.