Por fora, ele pouco parece com um carro de Fórmula 1. Mas é só sentar em seu “cockpit”, ligá-lo e sentir o ronco do motor que a impressão logo passará. O R8 GT, superesportivo produzido pela alemã Audi, chega a 100 km/h em apenas 3,6 segundos. A velocidade máxima de 320 km/h é equivalente à de um bólido de F-1, no final da reta de Interlagos, o trecho mais rápido do circuito paulista. Mas acelerar essa fera tem um preço: R$ 1 milhão, o que faz dela o  veículo mais caro – e mais rápido – fabricado pela Audi. Por que o R8 GT custa tão caro? Em primeiro lugar, trata-se de uma série limitada, apenas 333 unidades serão produzidas, artesanalmente, por ano, na fábrica de Neckarsulm, a 60 quilômetros de Stuttgart, na Alemanha. O Brasil receberá apenas três R8 GT, todos já vendidos. Por ser tão exclusivo, esse carrão vem com o número de série gravado na alavanca de câmbio.

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Mas o principal cartão de visita do R8 GT, e um dos motivos pelos quais ele vale o quanto a Audi cobra, é o seu desempenho. Pode-se dizer que ele é praticamente um modelo de pista adaptado para as ruas.  Por esse motivo, pesa 100 quilos a menos do que o R8 convencional. Por dentro, não há mimos de conforto. Ao contrário, apesar de ter excelente posição para dirigir, os bancos estilo competição não são nada confortáveis. Eles são duros, mas deixam o ocupante tão encaixado que dá a sensação de que seu corpo faz parte do carro. A suspensão também é extremamente rígida e passa todas as imperfeições do asfalto para os ocupantes. Por outro lado, tudo isso compensa na hora de acelerar. Mesmo com o desempenho como prioridade, o superesportivo da Audi não decepciona na lista de equipamentos. Ele traz ar-condicionado automático, sistema de navegação, computador de bordo, som com conexão bluetooth e microfones espalhados pela cabine, para que o motorista possa efetuar ligações sem tocar no celular. Tudo bem, esse conjunto é superatraente, mas o negócio do R8 GT, mesmo, é acelerar.

 

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