10/11/2015 - 0:00
Quando deixou a presidência do Buscapé, em setembro deste ano, até os “robôs” do site de comparação de preços sabiam que Romero Rodrigues voltaria a atuar como investidor.
Afinal, Romero, como ele é chamado, apostava em uma série de empresas iniciantes como investidor-anjo. “Quero ser um hub de negócios”, disse ele a pessoas próximas, quando anunciou que deixaria o Buscapé.
Nesta terça-feira 10, seu destino foi conhecido. Romero tornou-se sócio do Redpoint e.ventures, fusão de dois fundo de capital de risco com conexões na Vale do Silício – a RedPoint Ventures e a e.ventures.
“Não quero uma placa com meu nome. Quero criar impacto e ser o investidor dos Netflixs, Googles e Facebooks brasileiros.”
Oficialmente, Romero, que tornou uma ícone da internet brasileira com o Buscapé, tendo vendido ele por US$ 342 milhões para o sul-africano Naspers, em 2009, agora muda de lado.
Mas não se engane. Ele vai trocar sua pelo de empreendedor pela de investidor, mas com a missão de encontrar bons empreendedores e boas ideias no Brasil.
Romero disse que optou por associar ao fundo pois demoraria pelo menos três anos para criar conexões no Vale do Silício, encontrar sócios e levantar recursos. Além disso, ele disse não faria sentido criar uma empresa que se chamasse “Rodrigues Ventures”, brincou ele.
“Não quero uma placa com meu nome”, disse ele, em entrevista exclusiva ao blog BASTIDORES DAS EMPRESAS. “Quero criar impacto e ser o investidor dos Neftlixs, Googles e Facebooks brasileiros.”
No Brasil, o fundo administra recursos de US$ 135 milhões, que já foram investidores em cerca de 20 empresas, como MinutoSeguros, Psafe, Resultados Digitais e Pipefy.
No mundo, a Redpoint gerencia US$ 3,8 bilhões, com aportes em mais de 400 empresas. o e.ventures conta com recursos de US$ 1,1 bilhão e quase 90 empresas no portfólio.
A partir de agora, Romero se dedicará exclusivamente ao fundo de investimento. Ele, no entanto, manterá sua atuação com conselheiro. Hoje, ele está no board do Nasper, dono do Buscapé, da americana Wayfair, e da Totvs.
Na nova função, o empreendedor brasileiro deixará também de fazer investimentos-anjo. Hoje, sua carteira é superior a 20 startups — o blog BASTIDORES DAS EMPRESAS conseguiu descobrir pelo menos 13.