10/05/2024 - 15:09
A caderneta de poupança entregou em abril a maior rentabilidade dos últimos 9 meses.
O retorno da aplicação financeira, considerando o período de 12 meses encerrado em abril, ficou em 7,72%. Descontada a inflação, a rentabilidade foi de 3,89% – maior ganho real desde julho de 2023 (4,41%). No mês de abril, a rentabilidade nominal foi de 0,60% e a real e 0,22%.
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A inflação foi de 0,38% em abril, segundo dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgados nesta sexta-feira, 10, pelo IBGE. Em 12 meses, a inflação acumulada ficou em 3,69%.
Apesar de ser considerada um dos dos investimentos mais conservadores do mercado, com rendimento inferior ao de outras aplicações em renda fixa, a poupança mantém uma sequência de 20 meses seguidos de ganhos acima da inflação, considerando a rentabilidade no acumulado em 12 meses, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria. Veja o gráfico abaixo:
Onde colocar o dinheiro?
Pela regras atuais, quando a taxa Selic é maior que 8,5% ao ano, a poupança tem uma rentabilidade de 0,5% ao mês e de 6,17% ao ano somada à Taxa Referencial (TR). A taxa básica de juros está atualmente em 10,5%.
Dados do Banco Central mostram que as retiradas têm superado os depósitos na caderneta de poupança. No acumulado do ano até abril, a poupança acumula um saque líquido de R$ 23,775 bilhões, muito impactado pela retirada de R$ 20,148 bilhões em janeiro. Em 2023, a caderneta registrou um saldo negativo de R$ 87,819 bilhões.
Mesmo com o novo corte na Selic, diversos investimentos de renda fixa seguem entregando ganhos acima da inflação e retorno maior que o da poupança. Veja aqui simulações.
Nos 12 meses, os principais índices da B3 também deixaram a poupança para trás. Segundo levantamento da Elos Ayta, enquanto a poupança acumulou uma valorização de 7,7% nesse período, o Índice de Dividendos (IDIV) teve um crescimento de 22,5%, seguido pelo Ibovespa, com 19,7%, e o IFIX, que registrou uma alta de 16,5%. Em comparação, o CDI apresentou uma rentabilidade de 12,2%.
Mesmo com o novo corte, o Brasil se mantém na 2ª colocação no ranking mundial de juros reais, abaixo somente da Rússia, segundo levantamento da Infinity Asset Management com os 40 países mais relevantes do mercado de renda fixa mundial.
Em termos nominais, o país está na 6ª colocação, abaixo da Argentina, Turquia, Rússia, Colômbia e México e acima de África do Sul, Hungria e Chile.