13/07/2005 - 7:00
A poupança teve um primeiro semestre memorável. Pela primeira vez desde 1999, a aplicação superou a inflação. De janeiro a junho, o ganho real da caderneta foi de 2,59%, segundo a consultoria financeira EFC. No ranking dos investimentos, ficou na quarta posição, só perdendo dos fundos multimercados (ganho real de 7%), dos fundos DI (6,93%) e dos CDBs (5,12%). Além da inflação, a poupança superou o Ibovespa, o dólar e até mesmo o ouro. A caderneta também deixou de ser sinônimo de aplicação para a terceira idade. Levantamento realizado pela Caixa Econômica Federal (CEF), instituição com mais de R$ 50 bilhões em depósitos, mostrou que 52% dos aplicadores da poupança têm até 35 anos.
O aumento da rentabilidade é um ponto positivo para uma das aplicações mais simples do mercado. A regra de remuneração da caderneta é a mesma há anos: depois de 30 dias, o investimento rende TR mais 0,5%. Além disso, há a questão da segurança: o poupador tem até o limite de R$ 20 mil assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito. Os rendimentos estão livres do imposto de renda e os depósitos mantidos por mais de 90 dias ganham a isenção da CPMF. Mesmo assim, os recursos continuam em debandada. Neste ano, até o dia 27 de junho, os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 6,538 bilhões.